O jeito Lean de ser

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Era uma vez a Internet. E ela permitiu a publicação de páginas por qualquer um. E qualquer um as podia acessar. E as usaram também para publicidade. Então as páginas foram ficando mais e mais interativas. E a propaganda pode pela primeira vez medir a resposta em tempo real. Diga-me como interages comigo, e direi quem és… pelo menos como és, de que grupo és. E te apresentarei ofertas direcionadas, personalizadas. One to one.

E da mesma forma vieram os serviços pela Web. E também puderam medir imediatamente a interação dos usuários com os serviços. Se ninguém clica no nesse botão ‘enviar’, ou ele não é necessário, ou ele está mal colocado. Então deixaram de tentar inferir o que o cliente quer: agora podiam deixá-lo decidir. Não adivinhe, ouça.

E a Internet trouxe uma nova forma de executar projetos. Não projete grande, faça algo funcional e pequeno. Veja o que seu público acha. Adote as mudanças sugeridas. De volta ao publico, novas sugestões, novas mudanças. Quem usa aplicativos de celular ou Firefox já deve ter notado como as atualizações são frequentes.

E então vieram as StartUps e começaram a usar essa técnica. Não gaste energia em uma funcionalidade que você não sabe se o público quer. Construa um Mínimo Produto Viável (MVP) e apresente-o. Melhore-o com os feedbacks.

O termo Lean está na moda. Se errar é aprender, então descubra rápido que está errado. Rápido e barato.

Não acho que esse design incremental substituirá o design ‘big bang’. Apenas é uma nova forma de fazer, quando é possível coletar informações dos clientes – para a Internet isso é natural. Não o é para uma refinaria.

Que outras áreas podem ser Lean? Já temos Lean StartUp, Lean Enterprise, Lean Software Development, Lean Manufacturing, Lean Management. Vai haver uma explosão de Lean-alguma-coisa. Quem sabe não conseguiremos ter até Lean-escola e Lean-democracia.

O mundo das Lean-coisas é o mundo em que essas coisas ouvem o seu público, e atendem o que ouviram.